Meu eterno chiaroscuro

O suor dos meus olhos

Do esforço de te amar

E a dor de minhas mãos

Cansadas de passear

Pelo seu duro corpo

Nenhum sacrifício é mais válido

Do que o do meu tempo pelo teu sabor

Sou tua em todo meu ser

Sou minha em toda a sua sabedoria

Te vejo como esse pássaro

Que sabe que pode voltar sempre

Mas não tem vontade nenhuma de salir

São só chegadas

Sem despedidas

Sem lágrimas

Sem noites de insônia desejando

Somente noites em chiaroscuro

Não me importo de ser sua sombra

Desde que você seja a minha

Quando eu estiver por cima de ti

Que se preocupe uma das parcas

com o futuro!

Eu vou viver o meu presente

Com você

Em você

E até sem você

Se um dia não me quiser mais

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Ana Haeitmann tem 22 anos e é mestranda em literatura na Universidade Nova de Lisboa. Natural de São Paulo, Brasil, vive em Portugal há quatro anos. Escreve poemas, narrativas e artigos jornalísticos.

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O renascer da arte a brotar do Interior e a florescer sem limites ou fronteiras. Contos, histórias, narrativa e muita poesia.

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