Com um espaço oco no âmago de mim
Uma ânsia dormente numa inércia desmedida
Para o encontrar
Um tanto sentir, um explodir que implode
É nas contradições que o perco e encontro.
Raiva de tudo!
Assenta.
Um sonho…
Um sonho que perdi.
Que era mais vida que a vida.
No entanto louco…
E este sítio onde não tenho nada não se aquieta.
Revolve-se, incomoda, faz doer.
Que se acabe tudo!
Sem mais recear, recosto-me
Recolho-me, encerro-me
E cerro os olhos que teimam em não ver.
Suspiro.
Tudo se desvanece sob os meus pés,
Como que sugado. E eu estou livre.
No centro do vazio encontro-me.
O que faltava era ainda não ter acordado.