Há dias em que vivo num déjà vu constante.
Em que as vozes amigas mordem a memória.
E o cansaço ferra os dentes nas migalhas da paciência.
E paciência.
Mas há dias em que nem comigo estou bem.
Em que quero que o mundo se cale para que eu possa ouvir o meu calar.
Há dias em que a loucura pesa como a rotina.
Em que pensar dói.
E pensar em adormecer desgasta como um corta-mato.
Há dias em que só queria já estar a dormir.
Sem adormecer, sem antever um acordar.
Só já dormir.
Há dias em que o único piscar de ideias é que o dia de amanhã será maior.
E do resto não quero saber.