“Na sexta-feira vamos votar o estatuto dos professores e educadores e podia ser já feito o desbloquear dos 5º e 7º escalões e o pagamento das deslocações aos professores deslocados. Isso já dava um sinal. Depois há tudo o resto para resolver, como a contagem do tempo de serviço e as condições na escola. Se o Governo quer mesmo estar a negociar seriamente, que dê já sinais”, desafiou Catarina.
“Há muito por fazer, mas o Governo tem de começar a dar um sinal rapidamente de que respeita os professores”, afirmou Catarina Martins aos jornalistas, contrapondo que “até agora tudo o que vimos é o Governo a não fazer nada”.
“Há estudantes sem aulas a muitas disciplinas e não é por causa da greve, é porque não há professores”, prosseguiu Catarina, acrescentando que “o problema do país não é os professores estarem a fazer greve, é não estarem a ser dadas as condições para as pesssoas quererem ser professores”.
Por isso, insistiu, “a irresponsabilidade e a radicalidade está do lado do Governo que não cede um milímetro” às exigências de justiça por parte dos professores cada vez mais desmotivados e exaustos.