Dez ativistas fizeram intervenções na tribuna: Manuela Antunes (Bloco de Esquerda de Viseu), Rodrigo Sousa (Associação de Estudantes de Fornos de Algodres), Renata Almeida (Movimento Contra Mineração Beira Serra), Carlos Vieira (Associação Olho Vivo), Elaine Santos (investigadora do grupo Geopolítica y Bienes Comunes da Universidad de Buenos Aires), Pedro Cardoso (Bloco de Esquerda da Guarda), Ivan Barbeira (Climáximo), Catarina Taborda (Bloco de Esquerda de Castelo Branco), Beatriz Realinho (ativista de vários movimentos entre os quais a Greve Climática Estudantil da Guarda), Maria Manuel Rola (deputada da Comissão Parlamentar de Ambiente na legislatura que terminou).
Seguiu-se um período de debate e microfone aberto entres as dezenas de pessoas presentes, onde se partilharam perspetivas e experiências, se esclareceram dúvidas e se cruzaram esforços para colaborações futuras.
Uma das ideias mais presentes na Tribuna Pública foi a necessidade de desconstruir o mito da “Mineração Verde” e de como a narrativa do lítio, apresentado como fundamental para uma transição energética e para a descarbonização, tem servido, na verdade, para o alastrar do extrativismo e de projetos mineiros em que o lítio representa apenas uma ínfima parte.
Não só seriam necessárias várias toneladas de rocha, por exemplo, para extrair os quilos de óxido de lítio necessário para a bateria de um carro elétrico, como a concessão de exploração de lítio abre portas para explorar outros minerais existentes (urânio, volfrâmio, estanho, etc.).
À conta desta narrativa não se está a falar do que realmente é preciso: pensar alternativas e alterar o modelo de consumo excessivo e insustentável de recursos em que vivemos.
Também a solidariedade internacional num problema que é global e as consequências de uma visão extrativista nos ecossistemas, na biodiversidade, na paisagem, nos recursos hídricos e nas populações, particularmente nas do interior, foram temas presentes.
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