Diretora de Gestão do Norte do IHRU, Ana Cruz, e Vogal do Conselho Diretivo do IHRU, Luís Gonçalves, dirigiram-se ao complexo habitacional de Mangualde, depois do trabalho consistente junto dos moradores desenvolvido pelo Mangual em Movimento em conjunto com o Bloco de Esquerda.
Os representantes do IHRU (Instituto da Habitação e da Reabilitação Urbana) deslocaram-se aquelas que são as primeiras habitações do país do programa de arrendamento acessível do Instituto, para verificar “a veracidade das queixas e das reclamações dos moradores/moradoras, para além dos comunicados do Bloco de Esquerda e das intervenções parlamentares a que estas queixas e reclamações deram origem, nomeadamente pela deputada Maria Manuel Rola.”
Em comunicado, a Comissão Coordenadora Distrital de Viseu do Bloco, lembra que esta visita “é precedida da saída de duas famílias que habitavam os apartamentos”, como já foi noticiado pelo Interior do Avesso.
Uma das casas continua sem condições de habitabilidade, sendo detetáveis “infiltrações de água que inviabilizam divisões inteiras devido à acumulação de humidade”. Apesar das diversas intervenções, existem também ainda problemas estruturais por resolver, “como é o caso da eficiência energética da falta de soluções de climatização e do sistema de aquecimento de água pensado para o uso de painéis solares, sem que estes existam, tendo como consequência o consumo excessivo de eletricidade.”
A visita teve como resultado a disponibilidade, por parte do Instituto, “para a mudança de apartamento, de um primeiro andar para um rés-do-chão, de uma moradora com mobilidade reduzida. Cá estaremos para verificar se a promessa é cumprida”, acrescenta o Bloco.
O Bloco de Esquerda espera que a visita da Diretora de Gestão do Norte do IHRU seja prenúncio de uma nova fase, “e que agora se possam começar a resolver, paulatinamente mas sem adiamentos incompreensíveis, os problemas estruturais associados aos prédios em causa, bem como os problemas organizacionais e institucionais que produziram uma sensação de distanciamento, e, mesmo, de alienamento, entre os moradores e a tutela do IHRU – o que, por sua vez, criou sérios obstáculos à boa e necessária comunicação entre uns e outros com vista à resolução dos problemas emergentes das famílias.”
“Esta visita constitui a prova de que é possível, trabalhando-se em conjunto e em proximidade, tendo em vista a resolução dos problemas concretos dos e das mangualdenses – principalmente dos que aparentemente “não têm voz” e/ou poder -, obterem-se resultados que mudem realmente o estado de coisas em prol da(s) comunidade(s) e das suas necessidades sociais”, sublinha o comunicado.
Mantém-se ainda o compromisso, por parte do Mangual em Movimento e da Distrital de Viseu do Bloco de Esquerda, “de acompanhar a execução de programas de habitação pública como o que ocorre em Mangualde, desejando a rápida resolução dos problemas em falta para que a totalidade das habitações possa ser ocupada, assim como o avanço da requalificação dos blocos devolutos anexos Sendo a habitação social, nomeadamente pública, um dos eixos da nossa intervenção política, podem sempre contar connosco como uma força social e política com vista à efetivação de um direito constitucionalizado.”
Segurança e acabamentos falham nas habitações do IHRU em Mangualde