Ministério Público acusa oito universitários da Covilhã por praxe violenta

Universidade da Beira Interior
Universidade da Beira Interior

O Ministério Público acusou oito arguidos pela prática, numa praxe académica na Covilhã, de dois crimes de sequestro agravado, dois crimes de ofensa à integridade física qualificada e dois crimes de coação agravada.

Segundo notícia da Rádio Clube da Covilhã (RCC), a informação divulgada pela Procuradoria-Geral Regional de Coimbra remete para factos que remontam à noite de 25 de setembro de 2018.

Segundo a acusação, cita a RCC, os oito arguidos convidaram dois caloiros do mesmo curso para “beber um copo”. “Os ofendidos anuíram e acabaram por ser levados, em carros separados e com a cabeça coberta com capas académicas, para a serra”. 

“Uma vez ali, os agora acusados retiraram-lhes os telemóveis e colocaram-nos junto de um penhasco, avisando-os de que se tentassem fugir seriam dali atirados, frisando que ‘ninguém queria um Meco II’”, refere também o comunicado.

Os arguidos “obrigaram os ofendidos a baixar as calças e as cuecas e a colocar-se com as mãos e joelhos no chão, por forma a expor as respetivas zonas genitais aos ali presentes e, finalmente, agrediram-nos com uma pá metálica com 60cm de comprimento”, esclarece ainda a nota da Procuradoria-Geral Regional de Coimbra, de acordo com a RCC.

O caso envolve alunos da Universidade da Beira Interior (UBI), que quando o caso foi tornado público anunciou ter apresentado queixa ao Ministério Público, após ter recebido uma participação por parte de um aluno, vítima da referida praxe.

A investigação foi dirigida pelo Ministério Público da 1ª secção de Castelo Branco e executada pelo Departamento de Investigação Criminal da Guarda da Polícia Judiciária.

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