Requalificação da linha do Douro: “É fundamental corrigir este atraso de décadas”

A Deputada do Bloco de Esquerda, Isabel Pires, apresentou o projeto de resolução do Bloco para a requalificação da Linha do Douro, alertando que “o crescente desinvestimento no transporte ferroviário é um dos maiores exemplos desse ataque feito a muitas populações, sobretudo as residentes no interior”, defendendo a urgência da requalificação para responder às populações e à crise climática.

Isabel Pires começou por deixar uma saudação em nome do Grupo Parlamentar do Bloco à Liga dos Amigos do Douro Património mundial e “aos quase 14000 peticionários que nos permitem voltar a este tema tão importante.”

A Deputada recorda que a Linha do Douro já teve uma ligação internacional à ferrovia espanhola, relembrando que o encerramento dessa ligação ocorreu em 1985 e “o lanço entre o Pocinho e Barca d’Alva encerrou em 1988”, afirmando que esta tem sido uma das linhas que mais tem sofrido com o abandono “de décadas a que a ferrovia tem sido votada”.

“Já em abril de 2019, quando o Bloco de Esquerda apresentou o seu Plano Nacional Ferroviário preconizávamos exatamente a reabilitação integral da linha entre Porto e Barca d´Alva”, afirma a Deputada.

“No relatório Linha do Douro, troço Ermesinde – Barca d´Alva e ligação a Salamanca”, feito pelas Infraestruturas de Portugal, “ficam evidentes os impactos negativos do encerramento da linha internacional, por exemplo, no aumento do tempo de transporte entre o Pocinho e Vila Franca das Naves, bem como, o impacto no turismo de toda a região”, considera Isabel Pires.

Afirma que a extinção dos ramais, Tua, Sabor, Corgo e Tâmega, a falta de eletrificação e requalificação da Linha do Douro é um dos motivos pela reduzida oferta de horários o que “agrava os fatores que concorrem para uma interiorização forçada pela falta desse investimento público”, salientando que o material circulante deve ser revisto, lembrando as queixas das populações relativamente ao frio no inverno e à falta de segurança.

Refere também que “Trás-os-Montes e o Alto Douro já esperaram demasiados anos para que a requalificação desta linha tivesse a sua conclusão”.

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