Saber mais sobre sete insetos invasores!

A vespa asiática, o escaravelho-da-batata, o escaravelho-da-palmeira, a vespa-das-galhas-do-castanheiro, a mosca-do-Mediterrâneo, a formiga-argentina  e a formiga-faraó são sete espécies de insetos cujo comportamento levanta preocupações em Portugal.

Estes são insetos que constam da lista oficial portuguesa de espécies invasoras, estão classificados como espécies invasoras no âmbito da União Europeia ou, apesar de não serem formalmente considerados invasores, são alvo de planos nacionais de ação para o seu controlo.

A informação sobre estas espécies foi partilhada pelos investigadores Maria João Verdasca (da cE3c – Centro de Ecologia, Evolução e Alterações Ambientais da Faculdade de Ciências da Universidade de Lisboa) e Albano Soares (entomólogo da equipa do Tagis – Centro de Conservação das Borboletas de Portugal) à Wilder, no âmbito da 1ª Semana Nacional sobre Espécies Invasoras.

A Semana Nacional sobre Espécies Invasoras está a decorrer desde dia 10 até dia 18, pela primeira vez em Portugal, organizada pela Plataforma INVASORAS.PT, alerta para os graves riscos associados à disseminação de espécies invasoras em Portugal.

Espécie nativa do Sudoeste Asiático que entrou em Portugal pela região de Viana do Castelo em 2011. Foi considerada espécie exótica invasora pela União Europeia em 2016. Na idade adulta a vespa asiática é predadora da abelha do mel e polinizadores selvagens, colocando em risco a actividade apícola e a produção agrícola, além de ser um perigo para a saúde pública devido aos ataques em grande número quando sente o ninho ameaçado.

Espécie originária da América do Norte que foi detetada pela primeira vez em Portugal em 1943. Está presente na lista de espécies invasoras de Portugal Continental (DL565/99) e leva a perdas de produção enquanto praga da batateira.

Também conhecido por escaravelho vermelho, alimenta-se de folhas de palmeiras que podem conduzir à morte da planta. É nativo das zonas tropicais da Ásia e Oceânia e foi detetado pela primeira vez em Portugal em 2007. Apesar de não ser considerada espécie invasora, por não se conhecerem impactos nos ecossistemas e biodiversidade autóctones, a praga é considerada pela União Europeia como de luta obrigatória, e em Portugal existe um plano de ação nacional para combater a espécie.

A espécie originária da China foi detetada em território português em junho de 2014. Leva ao aparecimento de galhas nos ramos e folhas dos castanheiros, prejudicando o normal desenvolvimento e provocando quebras de produção que podem chegar aos 60%. Desde 2017 que está em vigor um plano de ação e combate à vespa-das-galhas-do-castanheiro.

Esta mosca nativa da África subsariana ataca vários frutos (pêssegos, damascos, nectarinas, maçãs, pêras, laranjas, tangerinas, figos, diospiros, nêsperas, uvas, entre outros), podendo causar perda total de produção. É referenciada pela CABI – Invasive Species Compedium como espécie invasora.

A formiga-argentina chegou ao território português há muitos anos, através da ilha da Madeira, nativas da Argentina, Brasil, Paraguai e Uruguai. Em Portugal são parte da lista oficial de espécies invasoras e um dos seus grandes problemas é acabar com as espécies nativas de formigas.

Apontada pelo CABI – Invasive Species Compedium como espécie invasora, a formiga-faraó, nativa de África, devora vorazmente de reservas de comida, como manteiga, carne, doces, mel e bolos. É assim também conhecida por formiga-do-açúcar.

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