Maria Manuel Rola esteve de visita a Lentiscais, no distrito de Castelo Branco, para apurar a situação do rio Ponsul, afluente do Tejo. A repentina perda de caudal tem vindo a ser denunciada há meses, registando-se neste momento uma realidade insustentável, tanto ambiental, como social.
A situação com que a comitiva se deparou ao chegar ao local foi alarmante, ao encontrar o rio Ponsul praticamente seco. “Esta situação que podemos observar é dramática. Temos um riacho neste momento, onde antes havia um rio com vários metros de profundidade. A situação é dramática e coloca várias questões, desde logo em relação à economia local e à atividade que subsistia aqui e que, de repente, viu desaparecer um leito de água considerável”, afirmou a deputada do Bloco de Esquerda.
Ambientalmente é possível observar prejuízos irreversíveis e graves danos nos ecossistemas circundantes, com a eutrofização da água e a morte de fauna piscícola. Segundo Maria Manuel Rola os problemas já são antigo, arrastando-se desde 2017.
Afirmando que “não existe soberania nacional num recurso público como o Tejo. A gestão tem que ser feita dia a dia e também em conjunto com a população para garantir que situações destas não ocorram. Falamos ou de incompetência ou de permissividade.” a deputada defendeu a urgência da revisão da Convenção de Albufeira e a garantia de caudais diários, para evitar situações como as que se verificam no local.
A deputada adiantou que o Bloco já apresentou um projeto de resolução para a revisão da Convenção de Albufeira, assunto que terá de “ser tido em conta pelo Governo nas próximas reuniões plenárias”, e garantiu que vai questionar o Ministro do Ambiente e a Agência Portuguesa do Ambiente (APA) relativamente a esta situação específica.
(Escrito por MFS)