O Interior do Avesso vai promover uma Tribuna Pública contra o extrativismo, a decorrer na Biblioteca Municipal Dr. Alexandre Alves, em Mangualde (um dos epicentros do PPP Lítio), no dia 5 de dezembro, pelas 15H00.
Encontra-se neste momento a decorrer, até dia 10 de dezembro, o processo de consulta pública do Relatório de Avaliação Ambiental Preliminar do PPP Lítio – um Programa de Prospeção e Pesquisa de Lítio para 8 áreas potenciais para lançamento de procedimento concursal para atribuição de direitos de prospeção e pesquisa de Lítio.
Uma concepção extrativista do território tem vindo cada vez mais a afirmar-se nas decisões políticas portuguesas, particularmente para o interior.
Uma febre de empresas privadas, que continua a crescer com os sinais positivos do Governo português, impulsionada pela narrativa do lítio e pela criação de grandes minas a céu aberto para exploração de múltiplos recursos, mas também pela reativação de minas de tungsténio (volfrâmio), para citar apenas dois exemplos.
Tudo isto sem estar a ser promovida a participação ativa da cidadania, de associações e de movimentos. Vários projetos estão a avançar sem ter em conta a vontade de quem mais de perto terá que conviver com as consequências da exploração mineira.
No dia 28 de outubro o Governo assinou 14 contratos de concessão de direitos de pesquisa, prospeção ou exploração. Nenhum destes projetos tem um Estudo de Impacto Ambiental.
Alguns destes 14 contratos foram assinados contrariando por completo aquela que tem sido a vontade manifestada pelas populações locais (“Não à Mina, Sim à Vida”), como é o caso da Exploração de lítio na Argemela (Covilhã, Fundão) assinada com a Pannn e da Exploração de volfrâmio na Borralha (Montalegre) assinado com a Minerália.