Urgeiriça: “há uma crueldade particular nestes atrasos”, diz Catarina Martins

Catarina Martins Urgeiriça
Catarina Martins Urgeiriça

Este sábado, Catarina Martins esteve na Urgeiriça com os habitantes de casas que têm um perigo invisível, a radiação proveniente dos materiais com que estas casas foram construídas, escombros das minas de extração de urânio.

Catarina Martins admitiu que estamos numa “situação ingrata”, porque o parlamento “já aprovou o que tinha que aprovar” e a EDM – Empresa de Desenvolvimento Mineiro “não cumpre”.

“Estes atrasos não são aceitáveis” e “há uma crueldade particular nestes atrasos” porque é um “problema vital”, “estamos a falar da vida das pessoas”, disse.

“As decisões foram tomadas, há uma separação em Portugal entre o poder legislativo e o poder executivo, cabe ao governo que é o poder executivo, executar aquilo que está decidido” e diz que “não é por falta de verbas” decididas na Assembleia da República que este problema se põe, mas sim por não estar “na lista das prioridades”, onde segundo a deputada “tem de estar”, concluindo que “é uma crueldade de esquecer parte das pessoas e do território do país”.

O Bloco de Esquerda tem insistido no Parlamento sobre a breve resolução deste impasse e recentemente recebeu uma delegação da ATMU – Associação dos Trabalhadores das Minas de Urânio e questionou o governo sobre que medidas pretende tomar para que não haja mais atrasos.

Estes habitantes concentraram-se este sábado numa vigília noturna junto ao monumento aos mineiros. Lembramos que a exploração mineira contaminou os trabalhadores e a região, já tendo provocado a morte precoce a dezenas de pessoas com cancro.


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