Lojas das zonas de fronteira estão ainda mais vazias devido à dependência dos consumidores espanhóis. Abertura de fronteiras é desejada por comerciantes.
Chaves, Bragança e Miranda do Douro são os exemplos que a edição de hoje do Jornal de Notícias (JN) dá para demonstrar que muitos negócios locais e familiares podem fechar por falta de clientes.
Contar com clientes do estado vizinho podia ser “um alívio” para um proprietário de restaurantes e bares contactado pelo JN, “Eu falo de Clientes diários. É gente que adere muito a Chaves e vem sobretudo aos restaurantes. Como vamos aguentar sem esses clientes mais um mês, numa altura em que as coisas estão más?”, disse o empresário que conta com 30% a 40% de clientes espanhóis.
Para este, se as fronteiras abrirem em junho, “e os espanhóis voltarem” ainda se poderão minimizar as perdas. Este e outros 11 empresários pediram para que a Câmara Municipal permitisse ocupar com esplanadas uma zona ajardinada de forma a acomodarem “toda a gente em segurança”.
Mas não é só em Chaves e na restauração que se pede a reabertura de fronteiras. Proprietários de sapatarias de Chaves garantem que 20% dos seus clientes são do estado espanhol.
Em Miranda do Douro os exemplos dados pelo JN são os de lojas de produtos tradicionais. Também neste concelho o presidente da Associação Comercial e Industrial já tinha alertado para “uma verdadeira catástrofe para a economia deste concelho e para a cidade em particular”.