E agora, Mundo?

No mundo, apenas oito bilionários acumulam a mesma quantidade de dinheiro que a metade mais pobre da população do planeta… Ou seja, oito ditadores monopolistas acumulam mais dinheiro do que cerca de oito bilhões de mortais juntos. No mundo louco dos nossos dias, onde os opositores “malham com os ossos no tribunal” e os humanistas são investigados por salvar refugiados no mar, o maior distribuidor de brinquedos de plástico é o maior fornecedor de alimentos ricos em carboidratos simples, sal, gordura e conservantes artificiais: a McDonald´s. Neste mundo, que se encontra do avesso, as nossas crianças, após comerem fast food nestes locais de entretenimento, para além de contribuírem – inocentemente – para o crescimento destravado e excessivo da poluição (Planeta ou Plástico?), passam por um estado de êxtase pelo efeito do açúcar no cérebro para, em seguida, sofrerem consequências mais graves como hipertensão, doenças cardíacas e obesidade. As crianças de hoje – que votarão desenfreadamente amanhã – falecem lentamente, enquanto os seus pais – sem forma determinada – fumam cigarros após cigarros plenos de arsénio e níquel. Sem querer, o mundo, a nossa gente e os políticos dos outros “americanizaram-se” e, apesar da informação generalizada causar uma sensação de segurança no cérebro de todos os pacientes, de todos nós, a sensação de sobrevivência irá passar, visto o cancro do mundo já se estar a metastizar para as florestas, para os rios e mares; por todo o lado ar.

Antes que a globalização em curso colapse, é urgente que os governos, e todos aqueles que «correm em passadeiras, numa antecipação do dia que irão passar a competir com outras pessoas exatamente iguais a elas», eliminem – uma vez por todas – a loucura que há muito aniquila o planeta Terra. Não esqueçamos que a informação relativamente à pegada ecológica é assustadora: seriam precisos dois planetas terra para repor os recursos naturais se todas as pessoas do mundo consumissem como os portugueses. Imaginem, agora, a quantidade de terra e água que seria necessária para sustentar as gerações atuais, tendo em conta todos os recursos materiais e energéticos gastos por chineses, americanos, brasileiros, alemães, franceses, ingleses ou russos. Se nada fizermos, as crianças de hoje serão criatura obesas – física e psicologicamente – amanhã e a escassez da água doce, uma das maiores preocupações da era recente, que é usada para fins industriais, agrícolas, domésticos, de geração de eletricidade, etc., será a causa das guerras de amanhã, devendo ser procurada descomedidamente como hoje são o plástico, o combustível e os hidrocarbonetos. Entre outros!

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Nasceu e cresceu em Viseu, no seio de uma família com fortes raízes na cidade. Vive em Lisboa desde 2007 e desenvolve o seu trabalho como empresário em nome individual. É dirigente associativo desde muito novo, estando ligado à política, ao desporto e à economia.

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