Há, no entanto, informação mais subtil, o carvalho também se sabe defender, por exemplo, para matar insetos predadores ou para se tornar desagradável ao paladar do agressor, o carvalho liberta, na casca e nas folhas, uma substância amarga e venenosa que funciona como repelente. Certo é que precisa de tempo para ativar essa defesa, por isso a cooperação no alerta inicial é fundamental.
As árvores enviam mensagens pelas raízes. Recentemente chegou-se à surpreendente conclusão de que os alertas são espalhados não apenas por meios químicos, mas também eletricamente, a 1 centímetro por segundo. Em comparação com o nosso corpo, é uma velocidade baixa, mas no reino animal existem espécies com velocidade de condução elétrica semelhante à das árvores, como as medusas e as minhocas. As raízes de uma árvore são muito longas, têm mais que o dobro da extensão da copa. Elas entrelaçam-se e depois aderem às raízes das árvores vizinhas. No entanto, esse contacto não acontece em todos os casos, pois na floresta também há árvores solitárias, que não querem se relacionar com as outras. Felizmente não conseguem bloquear os sinais de alarme.
Na maioria dos casos as árvores valem-se dos fungos (que têm com elas uma relação de simbiose) para fazerem a transmissão rápida das suas mensagens. Uma verdadeira rede colaborativa! Esses fungos funcionam, assim, como os cabos de fibra óptica da internet.
Aliás, a ciência já fala da existência de uma “wood wide web”.
Publicado por Movimento Estrela Viva a 18 de junho de 2020.
Mais curiosidades:
#1 OVELHAS
#2 CARVALHO
#3 O TEIXO
#4 ZIMBRO: O ESPANTA ESPÍRITOS
#6 A DEDALEIRA: BATE-BATE, CORAÇÃO!
#7 CABRA: HERBÍVORO DE 4 ESTÔMAGOS!
O Movimento Estrela Viva é um grupo informal de cidadãos com ligações à Serra da Estrela e regiões limítrofes que surgiu após os incêndios de outubro de 2017, e que se afirma laico, apartidário e sem fins lucrativos. Tem a missão de proteger e valorizar o território através de ações de preservação da natureza e de desenvolvimento do meio rural (promoção de produtos endógenos, valorização das comunidades, preservação de valores e tradições), sustentadas em modelos colaborativos e de cooperação com parceiros locais, na capacitação dos cidadãos e segundo uma lógica de desenvolvimento sustentável.
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