A tua liberdade só dá obrigatoriedade ao outro
Que por amor e amizade transporta uma dor
De estar sempre com ela.
Através da janela da casa da aldeia
Ficou sem eira nem beira
Mas sobre as brasas cresceram asas.
Dentro dum fogareiro proibido mas conhecido
A vida da verdade e da mentira
Abre as comportas da barragem.
Na miragem do Sol nascente
Cria-se a Vida num só dia
Para deitar fora a tormenta.
Desamarra as amarras da noite
Aparece na tua existência com essência
E viaja pelo céu estrelado.
Quando está ao teu lado
Toca o infinito do Universo
E conhece o inverso daquilo que pensas que és.
Caminha pela Terra com inocência
Coisa mais linda não há na decência de sermos inocentes
No meio dos indecentes que mandam no mundo da indecência.
Alegra-te sabendo que irão ao fundo
E tu irás para as estrelas incandescentes sem vergonha nem tristeza
Já que a beleza brilha nas janelas das aldeias ascendentes.