Passaste seca em cima do atrelado dum trator
Sem as maias implantaste a dor naquele caminho onde havia um sonho
Não te quero nada de mal Giesta, um dia vou levar-te à festa da flor.
Por altura do 1º de Maio espeto-te com amor no meu palheiro e no da vizinha
Quero ver-te amarelinha sem nenhuma condenação
Segurada pela mão que disparou as fotografias numa denúncia ímpia dos malfeitores.
Eles não conhecem flores bonitas, só sugam na chupeta do poder
Sem terem aroma de flor ao alvor num secreto pavor da sua corja
Mas o novo dia nascerá encandeado num enorme fulgor.