Sou um Chapim-Azul!
Com duas asas voo para perto do meu amor coberto de penas.
Em duas patitas firmo-me num qualquer raminho silvestre
Para lhe cantar repenicadas melodias à varanda.
Saio cedo do ninho todos os dias só para lhe alegrar o acordar
Sem medo daquele encantamento especial.
Afino o bico no bronze dos sinos e ressoo os violinos das quatro estações no dia-a-dia
À chuva, à neve, ao vento e ao Sol chilreio meu desejo.
No momento cheio de alvorada canto à tua madrugada e embalo o teu adormecer.
Sou ser alado sempre a teu lado.
Vai sempre à varanda
Apanha o que o tempo tem para nos dar.