Um homem com nome de árvore sonhou perfumar
Um país deitado junto ao mar.
Quis dar luz e apagar a escuridão e a opressão numa só noite, numa emotiva
Madrugada, naquele dia único.
Quis riscar a giz vermelho a ditadura salazarenta e sangrenta tão dura e
Implacável para com o Povo.
O novo conquistou o velho miserável na capital de Portugal.
Sem maldade nos gatilhos iluminou e esperançou os filhos
Da Grândola Vila Morena.
O Povo Unido viu a canção ganhar vida, ouviu a liberdade e a fraternidade,
cheirou a luz verde refletida no Tejo, apalpou o futuro radioso e saboreou
A Rua.
Um homem árvore transformou-se em flor cravada de vermelho para libertar e dar
Vida feliz e eterna ao povo português.