Sem rede

Qualquer dia verdadeiro adormeço debaixo da árvore
Sonho ou não sonho, bebo ou não bebo trigo pela goela abaixo
Sem saborear a verdade de estar contigo.
Refresco num copo de vidro a minha sede
Vidrado continuo sem rede a saltar, a pular,
Para modelar as castanholas nas folhas enroladas daquela árvore
Vou ao adro das fontes abençoadas beber a água dos amores
Que dá sempre em momentos ausentes um quadro que nunca pintei.
Amei a pincelada alada daquela fada embasbacada
Voou por cima da escada até poisar onde queria
Era a alegria natural de amar o momento de estar no ar a voar.
Eis que num bater de asas aparece a paixão num forte fotão do Sol
Ainda vi a casca dum caracol antes de desobedecer às leis
Já não sei o que fiz mas fui muito feliz.

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Paulo Fernandes nasceu em Abraveses, Concelho de Viseu em 1969, Bacharel no Curso de Professores do Ensino Primário, pela Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro, concluindo a Licenciatura para o 1.º Ciclo do Ensino Básico no polo de Lamego da Escola Superior de Educação de Viseu. Especializou a sua formação para Educação e Desenvolvimento em Meio Rural no Instituto de Comunidades Educativas em Setúbal.
Desenvolveu a sua atividade profissional em vários locais, incluindo São Pedro do Sul, Campia (Vouzela) e Santa Cruz da Trapa (São Pedro do Sul).
Vive nas montanhas mágicas do concelho de São Pedro do Sul, na aldeia do Candal.

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O renascer da arte a brotar do Interior e a florescer sem limites ou fronteiras. Contos, histórias, narrativa e muita poesia.

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