Se pensasse em ser alguém nunca seria ninguém
Perante Marte não fico nem verde.
Apenas encarno uma criatura que não é bem vinda a esta sociedade
Carregada de sobriedade no disfarce da maldade.
Não quero ficar a cultivar a mentira numa tira de toalha abençoada
Por uma hierarquia fracassada em carpetes bem aspiradas pela empregada a dias.
Serei forte se fizer uma mudança?
Poderei pedir uma dança à desgraçada que conta pelos dedos os dias
Uma trança sem sentir algum pecado.
Nesse bocado de comunhão após receber a libertação sem verdadeiramente a ter
Sem pecado cravado no coração que atira o querer para o que ser já não és e nunca foste
Só já há pés a caminhar na infinita luz do Universo.