Basta já de estar farto e estou farto de bastar.

Basta de poemas, poesias,
divagações em mote e glosa;
basta de revisões e refinarias,
lamúrias em verso e prosa.

Bastam já as palavras
e epítetos de nação trovadora.
Bastam as esperas macabras
da nebulosa manhã salvadora.

Basta! De agir são dia e hora.
Não será “cras – amanhã – que nos faremos ao mar”,
há-de ser já e agora
que a revolução se já demora.

Aos sete ventos bradando, a voz, astro, façamos soar:
– Basta! Aqui fincamos a nossa bandeira, o agora é nosso lugar.

Outros artigos deste autor >

Nasceu em Macedo de Cavaleiros, Coração do Nordeste Transmontano, em 1983, onde orgulhosamente reside. Licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas, publicou poemas e artigos na extinta fanzine “NU” e em blogues, antes de editar em 2015 o livro-objecto “Poesia Com Pota”. Português de Mal e acérrimo defensor da regionalização foi deputado municipal entre 2009-2013.
Este autor escreve segundo o antigo acordo ortográfico.

Outros artigos deste autor >

O renascer da arte a brotar do Interior e a florescer sem limites ou fronteiras. Contos, histórias, narrativa e muita poesia.

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts
Ler Mais

Um poema esquecido.

Foto de Ricardo Lago | FlickrNa cabeça, tinha um belo poema, consigo ainda sentir, por entre as sinapses,…
Skip to content