Todas as estradas têm algures seu fim

Ponte suspensa
Ponte suspensa

Todas as estradas têm algures seu fim
incontornável na barca de Caronte
fervilhando no corpo o fado carmim
desde a génese do nada ao seu remate
no interminável vazio que é esta ponte
suspensa de permeio na vida e no sufoco
deste açougue onde reses para abate
nos apinhamos ciosas e ignorantes
de hipócritas sorrisos e comportamento bacoco
misantrópicas cuspindo flamas dilacerantes
donde quais Fénix em perseverança
dos sonhos desfeitos se ergue novel esperança.

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Nasceu em Macedo de Cavaleiros, Coração do Nordeste Transmontano, em 1983, onde orgulhosamente reside. Licenciado em Línguas, Literaturas e Culturas, publicou poemas e artigos na extinta fanzine “NU” e em blogues, antes de editar em 2015 o livro-objecto “Poesia Com Pota”. Português de Mal e acérrimo defensor da regionalização foi deputado municipal entre 2009-2013.
Este autor escreve segundo o antigo acordo ortográfico.

O renascer da arte a brotar do Interior e a florescer sem limites ou fronteiras. Contos, histórias, narrativa e muita poesia.

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