Vale tudo menos falar sobre a temática LGBT

Manuel Frexes, deputado do PSD eleito pelo Círculo Eleitoral de Castelo Branco atacou o Bloco de Esquerda porque duas deputadas do BE apresentaram queixa do deputado do PSD Bruno Vitorino que apelidou de “porcaria” uma sessão sobre bullying para com as pessoas LGBTI+.

Aos olhos de Manuel Frexes a esquerda defende excessos como se fossem verdades absolutas, como se o que ele nos quisesse fazer crer seja o contrário daquilo que acusa os outros de fazerem.

Aos olhos de Manuel Frexes tudo colado à narrativa da ideologia de género, o que é extremamente perigoso e replica o que se passou recentemente no Brasil onde assuntos sérios foram deturpados, com os resultados que estão à vista de tod@s.

Aos olhos de Manuel Frexes o que a Ex-Aequo fez na escola no distrito de Setúbal é uma tentativa de LGBTIzar crianças.

Não sei se já repararam mas o denominador comum desta equação são os olhos de Manuel Frexes. Os olhos dele é que estão mal, é aí que reside o problema e não na palestra que foi dada.

O que se fez nesta escola de Setúbal foi uma palestra sobre bullying para com as pessoas LGBTI+ e não uma palestra que tivesse como objetivo que @s alu@s se tornassem gays.
Este é o discurso que o PSD quer fazer passar.

Aproveitar uma palestra para lhe associar uma causa negativa e assim fazer com que a opinião pública condene a atuação da Associação, perpetuando o problema que originou a visita à escola.

Não, não é por alguém ir a uma escola falar destes assuntos que @s alun@s se tornam gays, não é pelos meninos usarem cor de rosa que serão gays e não é pelas meninas usarem azul que serão lésbicas.

É preciso desconstruir este discurso que à sombra do preconceito ideológico tenta captar votos através de um discurso pela negativa.

É por continuar a haver reações como as do deputado do PSD e por haver quem as defenda como foi o caso de Manuel Frexes que impera a necessidade de continuarem a existir este tipo de ações nas escolas.

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Assistente Social, feminista, ativista de várias causas e acima de tudo comprometido com a defesa dos direitos de cada pessoa. Nascido em Coimbra, com raízes na Beira Interior (Covilhã), sempre desempenhou a sua atividade profissional na área das dependências. Reside permanentemente na Covilhã desde 2011.
Ligado a diversos movimentos sociais, culturais e artísticos, primeiramente em Coimbra onde integrou a Plataforma Contra a Guerra. Na Cova da Beira destaca-se a sua participação no Núcleo da Cova da Beira da Rede 8 M e a presidência de uma Associação de Desenvolvimento Local.
É aderente do Bloco de Esquerda, faz parte do Núcleo Concelhio da Covilhã do BE e é um dos porta vez da Comissão Coordenadora Distrital de Castelo Branco do BE.

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