Mortágua: Mau funcionamento das ETAR causa mau cheiro nas aldeias principalmente durante o verão

Depois de várias denúncias, Bloco de Esquerda tem verificado no terreno consequências do mau funcionamento de ETAR (Estações de Tratamento de Águas Residuais) em várias freguesias do concelho de Mortágua, como o mau cheiro generalizado e a acumulação de resíduos provenientes de casas de banho.

“Para além do mau cheiro generalizado nas aldeias, particularmente no Verão, registámos os resíduos provenientes de casas de banho que se acumulavam junto às zonas de descargas, que não passaram pelo devido tratamento”, descreve o Bloco de Esquerda de Mortágua – ‘Muito Mais Viva Que Morta’.

Em comunicado, o partido acrescenta que este “não se trata apenas do desconforto criado às e aos habitantes, como também pela degradação do espaço natural e paisagístico e enquanto grave poluente adverso à justiça e à saúde ambiental.”

É ainda uma questão de saúde pública, atendendo a que as descargas são realizadas em cursos de água que correm para zonas de captação de água, para consumo humano, e passam em zonas de banho.

Sem um maior investimento e manutenção das ETAR, “a acumulação de resíduos junto às descargas e a degradação ambiental resultante da mesma foi, e continuará a ser, uma realidade presente nestas aldeias”.

“É urgente uma maior consciência e responsabilidade ambiental por parte do município e o investimento e modernização imediatos nos processos de tratamento das águas, que não foram observados”, defende o Bloco de Mortágua, que já expôs o caso à APA – Agência Portuguesa do Ambiente, SEPNA-GNR – Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente e IGAMAOT – Inspeção-Geral da Agricultura, do Mar, do Ambiente e do Ordenamento do Território, “com vista ao apuramento de responsabilidade e a rápida resolução deste problema”.

Imagens captadas na ETAR Vila Meã, que descarrega na Ribeira da Fraga, na ETAR de Vale Borregão e na ETAR da Caparrosa, que rejeitam para a Ribeira da Marmeleira.