ProTejo critica prolongamento da licença de Almaraz

Foto de Sérgio Guerreiro | Flickr

Numa carta aberta, o movimento ProTejo critica o aumento da vida útil da Central Nuclear de Almaraz e mostra a sua preocupação com o estado do Tejo, onde voltou a encontrar vários focos de poluição. 

Numa carta aberta, o movimento insiste na proximidade com a fronteira portuguesa e com a existência de “incidentes com regularidade, existindo situações em que já foram medidos níveis de radioatividade superiores ao permitido” para concluir que “Portugal pode vir a ser afetado, caso ocorra um acidente grave, quer por contaminação das águas, uma vez que a central se situa numa albufeira afluente do rio Tejo, quer por contaminação atmosférica, pela grande proximidade geográfica existente”.

A ProTejo refere que  “considera errado e de extrema gravidade este parecer favorável do CSN” uma vez que a central está “envelhecida e obsoleta” e assim “continuará a colocar em risco a bacia do Tejo e toda a Península Ibérica”. Exigem por isso a Matos Fernandes a diligenciar junto do Governo espanhol de modo a que sejam aplicadas as medidas necessárias para evitar a deterioração do estado da massa de água transfronteiriças, nomeadamente, aquelas que já constam do “Programa de Medidas do Plano Hidrológico del Tajo -2016/2021” e tome posição contra o eventual prolongamento do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz junto do Governo Espanhol, “visto que o mesmo terá implicações diretas em território nacional”.

A ProTejo pronuncia-se ainda sobre os novos casos de poluição que têm acontecido no Tejo.

Os ambientalistas denunciam que “desde dia 6 de maio passado até ao presente momento que as águas negras poluídas voltaram ao rio Tejo a partir da zona de Vila Velha de Rodão, estendendo-se para jusante de Abrantes”. A ProTejo quer saber qual a origem deste foco de poluição e “se as novas licenças de rejeição de efluentes da Celtejo estão a ser cumpridas”.

Outro perigo encontrado foi a Azolla, que ocupou parte do Tejo e dos afluentes Ponsul, Sever e Aravil, junto à albufeira de Cedillo. De acordo com ativistas do Tejo, “estas plantas desenvolvem-se devido à convergência de diversos fatores, como sejam, abundantes nutrientes como o fósforo e os nitratos, com origem em fertilizantes agrícolas e na falta de tratamento das águas residuais urbanas por aglomerados urbanos em Espanha, elevadas temperaturas e reduzidos caudais no rio Tejo”.

Do ministro exigem assim a aplicação de “medidas necessárias para evitar a deterioração do estado da massa de água transfronteiriças nomeadamente aquelas que já constam do “Programa de Medidas do Plano Hidrológico del Tajo -2016/2021”.

Notícias do Interior do Avesso sobre Almaraz, aqui
Notícias do Interior do Avesso sobre o Tejo, aqui

(Escrito por DG)

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