Após tomada de posse do Governo e dos deputados na Assembleia da República, a Distrital de Viseu do Bloco de Esquerda começou o seu trabalho com os deputados eleitos e apresentará, nos próximos dias, três perguntas sobre três assuntos que foram prioritários na campanha eleitoral e assim continuarão a ser na perspectiva de um interior com condições de trabalho, ambientais e de saúde, eficazes na fixação da população.
Para início de trabalho nestas temáticas selecionamos três casos sobre os quais iremos questionar o governo:
Ambiente: Iremos começar o trabalho deste mandato do Grupo Parlamentar questionando o governo sobre as descargas ilegais das empresas da Zona Industrial da Adiça para a Ribeira de Dardavaz, concelho de Tondela, bem como das descargas da ETAR Municipal deste parque industrial para a mesma Ribeira, em local perto do Rio Criz, que por sua vez desagua no Rio Dão, local de captação de água para consumo humano.
O Bloco de Esquerda tem denunciado por todo o distrito descargas legais e ilegais, por parte de empresas e municípios, que têm contaminado os recursos hídricos, seja à superfície, seja no subsolo, pondo a saúde das populações e o meio ambiente em risco, sendo o caso de Dardavaz representante da inoperacionalidade das autoridades que nos últimos anos não têm conseguido pôr termo a esta poluição.
Saúde: Questionaremos o Governo sobre o ponto de situação sobre Requalificação e Ampliação das Urgências, bem como do início do investimento para a Ala de Radioterapia do futuro Centro Oncológico, ambos no Centro Hospitalar Tondela-Viseu. Estes são apenas dois dos investimentos necessários para dignificar e humanizar os doentes urgentes e os oncológicos no Hospital São Teotónio. Mas muito mais é necessário fazer para um verdadeiro serviço de proximidade com as populações que se encontram longe dos grandes centros urbanos.
Trabalho: Iremos questionar o Governo sobre que medidas pretende tomar no que concerne à fiscalização das práticas laborais da empresa PSA Peugeot-Citroën em Mangualde, mais propriamente os atropelos ao direito à Greve, mas também sobre os motivos desta greve, como por exemplo o uso abusivo ao banco de horas. A ACT já condenou duas atitudes da PSA neste período de Greve, o ilegal prolongamento da jornada de trabalho para lá das horas permitidas (foi denunciado um turno de 16 horas) que leva a ACT abriu um processo de contra-ordenação, bem como o também ilegal desconto do prémio mensal de assiduidade aos trabalhadores grevistas, tendo a PSA que devolver na totalidade o dinheiro retirado aos trabalhadores.
Em todos os casos mencionados continuaremos junto das populações do interior na exigência de condições dignas de trabalho, de um ambiente livre de poluição e de um Serviço Nacional de Saúde de excelência!
Nota de imprensa da Comissão Coordenadora Distrital de Viseu