Cova da Beira: Problemas da enfermagem agravam-se com a crise

Hospital
Foto por Paulete Matos
Foto por Paulete Matos
Sindicatos dos Enfermeiros Portugueses (SEP) promoveu esta manhã uma ação em frente às instalações do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira (CHCB) para chamar a atenção para os problemas da enfermagem e pedem para o Governo “arrumar a casa”.

Artigo de Paulo Brito para a Radio Cova da Beira diz que, segundo Conceição Rodrigues, dirigente distrital do SEP, no CHCB foram contratados 42 novos enfermeiros no último ano. No total, o Centro Hospitalar tem 427 enfermeiros.

Este número é manifestamente insuficiente, segundo a dirigente ouvida pela Rádio Cova da Beira, “porque se estes 427 enfermeiros, numa situação normal já eram aquém daquilo que todos os centros hospitalares universitários detêm, similares a este obviamente, portanto estão a perceber o quão ridículo é estes enfermeiros numa situação de pandemia.”

O SEP propõe uma ação urgente para regularizar a situação, “o governo o que tem de fazer é arrumar a casa, vincular todos os enfermeiros, todos os que vão sair agora das escolas de enfermagem, recém-licenciados, é para admitir definitivamente, porque a situação pandémica vai durar, vai perdurar e vai exigir muito mais depois da pandemia”, dizem.

“Aumento de cargas de trabalho, para além daquilo que é humanamente suportável, trabalho extraordinário que tem estado a ser pago, não é esse o problema, porque tem estado a ser pago, mas é de um grande desgaste. Enfermeiros praticamente sem folgas, sem descanso e ainda com um acréscimo da suspensão das férias”, disse Conceição Rodrigues em declarações à comunicação social durante o protesto.

As medidas de compensação pelo combate à pandemia são “discriminatórias” para, dizem mesmo que perante a atual situação, “todos têm de estar em todo o lado”, e a realidade diz que os enfermeiros que não estão nos serviços de combate direto também sofrem com o falta de pessoal e com o aumento de trabalho que a pandemia provoca.

Conceição Rodrigues, disse ainda que o Sindicato não é o problema, mas “a ajuda para a solução”, e lamenta que o conselho de administração do Centro Hospitalar Universitário da Cova da Beira ainda não tenha dado resposta ao pedido de reunião, endereçado em 16 de março do ano passado, nem mesmo resposta por escrito a carta que, entretanto, foi enviada pelo SEP solicitando um conjunto de informações.

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