Ensino à distância: Bloco de Carregal do Sal quer saber quais os meios disponibilizados pela autarquia

Foto de phexe.com
Hermínio Marques, do Núcleo Concelhio de Carregal do Sal do Bloco de Esquerda, considera que o apoio “poderia passar por apoios em computadores ou routers e hotspots de acesso à internet”, mas também no pagamento de parte das despesas de eletricidade. Professores da região de Viseu consideram que ensino à distância era inevitável. 

Numa pergunta dirigida à Câmara Municipal de Carregal do Sal, o Núcleo Concelhio do Bloco de Esquerda refere que “o ensino à distância foi idealizado como complemento ao ensino presencial. Com o confinamento a que estamos sujeitos neste momento, fomos, por imperativos de saúde, obrigados a ter o ensino não presencial em exclusividade e alargado a todos os níveis de ensino”. 

Para o partido, “este ensino implica um outro problema que consideramos grave: a desigualdade entre os alunos, visto que nem todos têm os meios e recursos, mormente informáticos, necessários para uma profícua aula online”. 

“Numa pequena busca que realizámos sobre o assunto, verificámos que mais de uma centena de autarquias está, neste momento, a apoiar os alunos e respetivas famílias, dotando-as dos meios necessários para o ensino à distância”, sublinham os bloquistas. 

Assim sendo, o Núcleo questionou a autarquia: “Quais são os meios que foram colocados à disposição das famílias e alunos de Carregal do Sal por parte do município, tal como foi prometido numa Assembleia Municipal pelos responsáveis autárquicos?”.

Em declarações ao Interior do Avesso, Hermínio Marques, do Núcleo do Bloco, considera que o apoio da autarquia “poderia passar, à semelhança das suas congéneres vizinhas, por dotar as famílias carenciadas – que julgo, que obviamente, já estão devidamente identificadas, por quem tem o pelouro da prestar serviços e apoio às pessoas em situação de vulnerabilidade – , de computador, routers ou hotspots de acesso à Internet, e pelo pagamento da totalidade – ou parte – das despesas da eletricidade e do consumo de Internet às referidas famílias. Os jovens são o futuro do concelho e não fazer isto seria a machadada final nesta gestão autárquica, que, como todos reconhecem, já tem uma prestação muito pouco feliz neste final de mandato.”

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Professores da região de Viseu consideram que aulas online eram inevitáveis 

Segundo uma notícia do Jornal do Centro (JdC), os professores da região de Viseu referiram que o ensino à distância era inevitável e que as aulas online deveriam ter começado mais cedo. 

As aulas online começam esta segunda-feira, dia 8 de fevereiro, mas em declarações ao JdC, Manuela Antunes, professora da Escola Básica Azeredo Perdigão, em Viseu, disse que nem tudo vai correr bem. “O ensino à distância depende muito de as pessoas utilizarem toda a sua capacidade de casa e nem todos têm os mesmos recursos a nível da Internet e do sinal, e isso vai criar a maior desigualdade”, frisou. 

Por outro lado, Sérgio Sousa, professor da Escola Secundária de Resende, afirmou que “já estávamos preparados, podia ter-se feito logo e escusávamos de estar parados 15 dias. Podíamos lecionar agora e não haveria a necessidade de estarmos a estragar as «férias» que tínhamos e prolongar as aulas aos alunos, o que é sempre desmotivante para eles”. 

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