Bloco denuncia “aumento exponencial” do preço da água no Interior Norte

Torneira de Água

O Bloco de Esquerda avançou com uma pergunta ao governo devido ao “aumento exponencial” do preço da água depois da criação da empresa intermunicipal Águas do Interior Norte. Os concelhos abrangidos são Freixo de Espada à Cinta, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Torre de Moncorvo e Vila Real. Texto esquerda.net.

Numa pergunta ao governo, o Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda questiona o Ministério do Ambiente e da Ação Climática se tem conhecimento do aumento do preço da água nos concelhos dos distritos de Vila Real e Bragança (Freixo de Espada à Cinta, Mesão Frio, Murça, Peso da Régua, Sabrosa, Santa Marta de Penaguião, Torre de Moncorvo e Vila Real) e se tenciona implementar medidas “para garantir que os valores cobrados aos moradores destes concelhos correspondem a serviços públicos efetivamente prestados e são social e territorialmente justos”.

De acordo com o Bloco, só o concelho de Vila Real é que não se viu envolvido no aumento do valor da água e no caso do município de Freixo de Espada à Cinta “os munícipes foram surpreendidos por valores exorbitantes, relatando aumentos de preço entre 50% a 200%, havendo situações em que o preço é hoje 10 vezes superior ao que era antes da concessão”. Neste concelho decorre uma petição online(link is external da petição) contra o aumento com mais de 1600 assinaturas.

Em Torre de Moncorvo, “o Movimento de Moncorvenses solicita que a adesão do município a esta empresa seja referendada” depois das denúncias do aumento “para o dobro ou o triplo”.

A empresa Águas do Interior Norte (ADIN) foi criada em 2019 e gere os sistemas de água e saneamento de 105 mil pessoas.

Os bloquistas lembram a luta da população nos concelhos do Pinhal Interior, nomeadamente no município de Penacova onde “acabaram por revogar a delegação de competências, retomando a gestão direta. Tal como naquela altura, voltamos a entender que a revolta das populações em consequência dos aumentos de tarifa de um bem essencial, que representa um direito humano, é já um retrocesso na universalidade de acesso e uma opção que coloca em causa vários acordos internacionais assinados no sentido da garantia universal do direito à água”.

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