Segundo o Jornal do Centro, a previsão do sindicato é de um encerramento de cerca de uma centena de refeitórios no distrito de Viseu.
“Há esta necessidade de a AHRESP responder, através da negociação, à reivindicação dos aumentos dos salários e da melhoria das condições de trabalho e dos direitos dos trabalhadores”, defende Afonso Figueiredo, porta-voz do sindicato.
Segundo Afonso Figueiredo não existe atualização aos salários desde 2003, justificando a greve também por a negociação do contrato coletivo de trabalho estar a ser feita com a associação patronal do setor, a Associação da Hotelaria, Restauração e Similares de Portugal.
Afirma que em 2003 “um empregado de refeitório ganhava 77 euros acima do salário mínimo nacional. Hoje e para o próximo ano, vai ganhar o salário mínimo. Já uma cozinheira ganhava 124 euros acima do salário mínimo e, para o ano, vai ganhar apenas 11 euros acima”.
Para o sindicalista, citado pelo Jornal do Centro, é necessário negociar de forma séria um contrato coletivo de trabalho, bem como, a tabela salarial, considerando que “também é preciso valorizar a antiguidade e a carreira dos trabalhadores, bem como é necessário melhorar as suas condições de trabalho”.
Afonso Figueiredo afirma ainda que “estes trabalhadores precisam de ver a sua situação revista para que possam acompanhar o aumento do custo de vida nos últimos anos”, referindo que os trabalhadores têm servido refeições “na grande maioria das escolas do nosso distrito, mas também na hospitalização, em fábricas, noutros serviços e no centro de formação do IEFP em Coimbrões (Viseu)”.
