Castelo Branco: “Temos de atrair a geração mais qualificada de sempre”

Margarida Paredes no debate da RTP3 entre candidatos à Câmara Municipal de Castelo Branco
Margarida Paredes no debate da RTP3 entre candidatos à Câmara Municipal de Castelo Branco

No debate entre candidatos à Câmara, a candidata bloquista Margarida Paredes destacou a necessidade de atrair para o concelho as famílias jovens do litoral, com medidas como uma bolsa de habitação e subsídio para instalação. Por Esquerda.net

O debate televisivo de sexta-feira na RTP contou com os sete candidatos à Câmara Municipal de Castelo Branco. A candidata do Bloco, Margarida Paredes, afirmou-se “muito otimista” com o resultado do seu projeto para a cidade, que sublinha “a proteção do clima e dos mais carenciados, a habitação pública e a garantia de transparência”. A esse propósito, destacou o facto de ser a única candidata ali presente que subscreveu a declaração de compromisso “Autarca por um Bom Governo” da Transparência Internacional.

Outra das diferenças que traz esta candidatura, prosseguiu Margarida Paredes, é que nunca houve nenhuma mulher presidente da Câmara de Castelo Branco. “O poder autárquico ao seu mais alto nível tem sido um feudo de homens” no concelho, afirmou a candidata.

A insolvência e futuro da fábrica têxtil Dielmar foi um dos temas do debate, com Margarida Paredes a defender que “a solução terá de ser política e está na mão do Governo: deve passar pela viabilização da marca e na manutenção dos postos de trabalho”. Para a candidata, “se o Estado investiu nos bancos, também pode investir nas pessoas e na economia da região”.

Um dos grandes desafios para o futuro de Castelo Branco passa por contrariar a perda de população. Margarida Paredes lembrou que o concelho oferece “excelente qualidade de vida para quem quer sair das grandes cidades” e um custo de vida inferior.

Por isso, acrescentou, “não basta captar empresas, temos de atrair a geração mais qualificada de sempre, através de um programa dirigido aos millennials”. Isso passa por aumentar o peso da habitação pública com casas recuperadas na zona histórica, criar uma bolsa de casas destinada a jovens famílias do litoral ou do estrangeiro, a quem deve ser oferecido um subsídio de instalação a fundo perdido, prosseguiu a candidata.

Margarida Paredes afirmou ainda que o Bloco defende uma cidade inclusiva e a adoção de um plano municipal para a igualdade e contra a discriminação e lamentou que o candidato do PSD/CDS tenha aberto a porta à negociação de uma coligação com o Chega, que trouxe “o seu ADN xenófobo e de desrespeito pelos direitos humanos” a esta campanha.

 

Publicado por Esquerda.net a 27 de agosto de 2021

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