O IP3 reabriu esta quarta-feira, após ter estado encerrado durante praticamente um mês, devido a deslizamentos de terras provocados pela tempestade Elsa, tendo levado ao encerramento no dia 21 dezembro. No entanto, as obras de requalificação previstas pelo Governo continuam atrasadas.
A construção do IP3 teve início na década de 80 do século passado, aproveitando alguns troços existentes, como exemplo, partes da EN2 – Estrada Nacional 2 – e uma variante externa de Tondela. Atualmente é uma das vias mais movimentadas do país e, segundo documento de 2015 da Infraestruturas de Portugal movimenta cerca de 18.000 veículos/dia com uma elevada percentagem de pesados, unindo duas das principais cidades das Beiras, Coimbra e Viseu, fazendo ligação entre o interior centro e norte do pais e o litoral sul de Portugal e servindo para o escoamento transfronteiriço de mercadorias para as regiões de Coimbra e Leiria.
Os problemas no Itinerário Principal que liga Viseu a Coimbra são conhecidos há muito tempo. Desde a grande degradação, a quedas de pedras para a via, a existência de zonas de grande concentração de lençóis de água e o facto de ter apenas um separador central em algumas zonas, como por exemplo no troço de Coimbra a Oliveira do Mondego e no troço da descida de Fail, em Viseu, são exemplos de fatores que aumentam o risco de sinistralidade.
Segundo o Expresso, ainda com Pedro Marques, a obra de requalificação estava prevista para o ano de 2022, sendo que a sua conclusão será previsivelmente em 2024. Os autarcas da região, não têm o mesmo entender e já apontam 2027 para a conclusão da obra.
Pedro Nuno Santos, Ministro das Infraestruturas e Habitação, mesmo não falando em datas, admitiu na passada segunda-feira, no debate da especialidade para o Orçamento do Estado (OE) para 2020 no Parlamento, os atrasos nas obras de requalificação.
Escrito por JL