A Filandorra- Teatro do Nordeste, criada em 1986, em Vila Real, que desenvolve em Trás-os-Montes e Alto Douro um projeto de descentralização teatral, vai realizar 31 espetáculos, com peças de Gil Vicente, Almeida Garrett e de Alexandre Parafita, em aldeias, vilas e cidades de 11 municípios de Bragança, Vila Real, Viseu, Guarda e Porto.
A iniciativa “Março, o mês do Teatro” que visa a “formação de novos públicos e futuros espetadores para o teatro”, mas também aos mais velhos, apresentará o “Auto da Barca do Inferno” e a “farsa de Inês Pereira” de Gil Vicente, de “Frei Luís de Sousa” de Almeida Garrett e ainda “Diabos e Diabritos num saco de mafarricos” de Alexandre Perafita, entre outras.
Começou em Vinhais, no passado dia 5 de março, com o teatro de rua “Mil diabos à solta”, passou, ontem, por Murça e estará em São João da Pesqueira, em parceria com o programa “Cultura para todos”, que levará as peças teatrais às instituições particulares de solidariedade social (IPSS), que segundo a Filandorra “privilegiando o encontro e o diálogo entre utentes e atores”, para proporcionar aos que estiveram “isolados” do mundo durante a pandemia “momentos de alegria e comunhão a partir do teatro”.
No dia 20 de março, a iniciativa passará por Pombal de Ansiães, no concelho de Carrazeda de Ansiães, com a peça “Pranto de Maria Parda”, nos dias 23 e 24 será nas escolas de Vila Nova de Foz Côa, no dia 26, no Teatro Ribeiro Conceição é apresentada a representação de “Frei Luís de Sousa de Almeida Garrett”, e no Centro Cultural Solar Condes de Vinhais, com o “Velho da horta de Gil Vicente”
“A Filandorra celebra assim o teatro relembrando as obras e autores mais importantes da dramaturgia clássica portuguesa, num total de 31 representações para todos os públicos, dos mais novos aos mais velhos, afirmando o teatro como linguagem universal de todos e para todos”, salientou a companhia.
O dia mundial do teatro é comemorado a 27 de março, que se celebra desde 1962 pelo Internacional Theatre Institute.