Vestígios de Arte rupestre na rua Marechal Teixeira Rebelo em Vila Real registados pela Direção do Património Cultural

Após o alerta da International History Students and Historians Group (IHSHG) para a situação de negligência da arte rupestre na cidade de Vila Real, na rua Marechal Teixeira Rebelo, a Direção Geral do Património Cultural (DGPC) incluiu-a no Sistema de Informação e Gestão Arqueológica – Endovélico. O Bloco também já tinha alertado para o problema após uma reunião com o IHSHG.

Devido às obras que decorreram na rua em questão o IHSHG alertou a DGPC sobre o estado em que se encontrava a arte rupestre presente.

Segundo a Lusa, a Direção do Património Cultural, em resposta afirma que o Plano Diretor Municipal (PDM) e a base de dados do Endovélico não contemplam este local, tendo apenas referência numa monografia, em nota de rodapé.

Este local foi incluído pela DGPC no Endovélico, considerando que a “presente situação se encontra a ser devidamente acompanhada pela Direção Regional de Cultura do Norte (DRCN), tendo sido inclusive efetuado um levantamento preliminar dos elementos constantes no penedo” e foi pedida ainda uma “nota técnica correspondente ao levantamento agora efetuado para atualização da informação referente a este possível santuário para integração destes elementos no processo de sítio S – 39320 para que a documentação possa constar, para memória futura, do Arquivo da Arqueologia Portuguesa”.

Segunda a Lusa esta informação chegou à Câmara Municipal de Vila Real, de forma a “considerar a sua existência no decurso do licenciamento de operações urbanísticas, uma vez que o sítio não pode ser afetado”.

Solicitam ainda que numa futura revisão do PDM “seja considerado nas novas listagens de património arquitetónico e arqueológico e integrado na respetiva planta de ordenamento”.

Em declarações à Lusa, o vereador da Câmara Municipal de Vila Real, Adriano Sousa, referiu que estas recomendações serão cumpridas pelo município, afirmando que na alteração do PDM serão consideradas. Adriano Sousa refere ainda que o projetista e o empreiteiro tinham instruções “para não afetar aquele espaço, o que foi cumprido”.

“Ficamos muito satisfeitos com a rapidez de atuação, tendo em conta a situação pandémica que passamos, e gostaríamos que essa celeridade fosse observada o máximo possível na proteção do que é o nosso património” afirma João Viegas, presidente da International History Students and Historians Group.

A IHSHG está disponível “para auxiliar no que for preciso para proteger o património”.

O Núcleo Concelhio de Vila Real do Bloco, após o alerta ter sido dado pelo IHSHG já tinha demonstrado a sua preocupação com a situação da arte rupestre. Luís Santos, pelo Bloco de Esquerda, afirmou em fevereiro, após uma reunião com o IHSHG que “mais uma vez o município trata muito mal o património. Compreendemos que o desenvolvimento e a modernidade têm de ser alcançados, mas não pode ser à custa da destruição contínua do património. O que infelizmente tem acontecido em Vila Real”

Deixe um comentário

O seu endereço de email não será publicado. Campos obrigatórios marcados com *

Related Posts
Skip to content