Trabalhadores de fábrica de Vouzela receiam pelo futuro

Um protesto juntou mais de trinta trabalhadores da Britons, empresa de alcatifas de luxo, sediada na freguesia de Campia, concelho de Vouzela. Os trabalhadores estão reticentes quanto ao futuro da empresa, por causa da saída de quatro dos trinta e dois  teares, fundamentais para a produção de alcatifas. 

Segundo uma trabalhadora, com mais de 25 anos atividade na empresa, Maria Isabel Almeida, “Se os teares forem embora, a empresa não tem pernas para andar e estamos aqui porque estamos muito preocupados. Se eles venderem os teares, como ficará o nosso futuro? Se a empresa não tiver pernas para andar, o que restará para pagar as nossas indemnizações porque nós não trabalhamos aqui um dia nem dois, é um quarto de século”

Outro trabalhador, André Almeida, com 10 anos de trabalho na Britons, refere que os 4 teares são as melhores máquinas e que estão a caminho de outra unidade na Índia. 

A fábrica da Brintons em Campia, no concelho de Vouzela, funciona desde 1991. A Brintons é uma multinacional inglesa, com unidades industriais também no Reino Unido, na Polónia e na Índia. A empresa dispensou, desde abril de 2020, 140 trabalhadores, colocou em lay-off 45, a receberem 600€ e mantém outros 45 trabalhadores em atividade.  

Em maio de 2020 a empresa previa ampliar as suas instalações e criar 60 novos postos de trabalho, auferindo incentivos públicos a rondar os 1.5 milhões de euros. 

Related Posts
Incêndio
Ler Mais

Incêndios não são uma fatalidade e devem ser exigidas responsabilidades

Para o Bloco, não se pode encarar a catástofre dos incêndios como uma fatalidade e devem ser exigidas "responsabilidades coletivas que se traduzam em políticas públicas decisivamente adequadas e adaptadas às exigências das alterações climáticas". Assumem ainda que "o futuro do planeta passará inevitavelmente pela nossa capacidade coletiva de reivindicarmos a soberania dos interesses de todas e todos, o interesse da nossa continuidade enquanto espécie entre espécies, contra um modelo económico planetariamente insustentável nas mãos de uns poucos que se servem da incapacidade das elites governativas de privilegiarem o bem-estar do planeta em detrimento da acumulação do capital".
Skip to content