Apenas 1% da verba para cuidadores informais foi executada

Foto do site do SNS
Em novembro tinham sido gastos cerca de 200 mil euros dos 30 milhões inscritos no Orçamento do Estado para 2020. José Soeiro alerta para a gravidade da situação e frisa que “assumir compromissos que não se concretizam é um péssimo serviço à democracia”.

“Aprovámos o Estatuto d@ Cuidador e da Cuidadora Informal em junho de 2019, a lei foi publicada em setembro desse ano e os projetos-piloto (em 30 concelhos) começaram em abril de 2020. No Orçamento do Estado para 2020, inscrevemos uma verba de 30 milhões para os cuidadores informais”, lembra o deputado bloquista na sua página de facebook.

José Soeiro faz referência aos dados da execução orçamental divulgados em dezembro pela Segurança Social, que revelam que mais de 99% desse dinheiro ficou por gastar. “E não foi por falta de necessidade!”, aponta José Soeiro.

“Isto é particularmente grave porque o próprio Governo utilizou o argumento da ausência de recursos quando rejeitou alargar aos cuidadores o apoio à família (criado quando as escolas fecharam), nomeadamente para os que estavam em casa a cuidar de idosos que deixaram de ter os Centros de Dia abertos. Não aplicar a verba que foi destinada aos cuidadores cria uma enorme distorção: a Lei do Orçamento ficou por cumprir o o dinheiro não chegou a quem devia ter chegado”, denuncia o deputado.

José Soeiro defende que é preciso divulgar o Estatuto do Cuidador Informal, porque muitas pessoas o desconhecem, e assinala ainda que vários pedidos foram indeferidos.

“É preciso ir de encontro aos cuidadores e ter regras de aplicação da lei que não excluam a maioria. Assumir compromissos que não se concretizam é um péssimo serviço à democracia”, remata.

Artigo original em esquerda.net

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