Em causa estão contratos suspeitos de milhões de euros com a construtora MRG, o que constitui, segundo o Ministério Público, um alegado “conluio” entre a empresa e os autarcas
De acordo com o JN e citando o Ministério Público (MP), estão envolvidos o ex-presidente dos Municípios da Guarda e de Gouveia e atual eurodeputado Álvaro Amaro, o atual presidente do Município de Gouveia Luís Tadeu e Júlio Sarmento, ex-presidente da Câmara Municipal de Trancoso, que é quem tem a acusação mais pesada. Na autarquia do Sabugal, as ilegalidades foram cometidas pelo ex-presidente e falecido, Manuel Rito Alves.
Foram constituídos, pelo Ministério Público de Investigação e Ação Penal, 9 arguidos num processo de crimes de corrupção, prevaricação de titular de cargo político, branqueamento de capitais e participação económica em negócio. O MP afirma que está em causa um suposto “conluio” entre a empresa de construção MRG – Manuel Rodrigues Gouveia e os vários autarcas na adjudicação de contratos de parcerias público-privadas (PPP) entre 2007 e 2011, com o objetivo de construir equipamentos, mas em algumas situações as obras nem aconteceram. A MRG, segundo o MP, terá ganho ilegalmente 3,5 milhões de euros.
Júlio Sarmento, ex-autarca de Trancoso terá recebido, segundo a Polícia Judiciária de Coimbra, “vantagens indevidas no valor de cerca de 560 mil euros, dissimuladas através de familiares” e 5 casas distribuídas por Trancoso, Guarda e Vilamoura.
O presidente da MRG, a empresa e vários funcionários vão responder pelos alegados crimes detetados pelo MP e os autarcas em funções serão condenados também à perda de mandato.
(Escrito por DG)