Comunicado do Bloco de Esquerda de Esquerda intitulado “25 de Abril sempre” lembra que “ironicamente, a celebração dos 46 anos da liberdade de abril comemora-se sob um Estado de Emergência que nos impõe limites” mas com a felicidade democrática de um parlamento com grande representação partidária.
Para o BE de Bragança esta felicidade democrática só é manchada pela “presença de uma força de índole populista e cujo discurso assenta no ódio e na mentira, um partido nos seus ideais defensor de interesses contrários à liberdade e aos direitos de Abril, da democracia e da igualdade, e que sem vergonha se demonstrou contra a celebração desta data, da sua luta e dos valores que representa, querendo mesmo inviabilizar esta justíssima celebração”.
Para os dirigentes distritais de Bragança “estarmos em casa isolados não nos impede de lutar, pois que é, já em si, uma forma de luta, uma luta contra algo que de tão microscópico considerámos insignificante, mas se vem revelando um tremendo opositor”.
Continuam dizendo que “é neste tempo de isolamento que vemos expostas a nu, uma vez mais, as graves e desumanas falhas da máquina capitalista e o seu total desrespeito pelas vidas e dignidade dos trabalhadores; que vemos como a saúde para alguns é não mais do que um negócio e o valor de um trabalhador menos do que nada”.
No seguimento dizem que “esta crise revela, portanto, o papel fundamental do SNS na defesa de um acesso à saúde universal, bem como a necessidade continuada de um maior investimento no mesmo”, alertando que “é agora, neste tempo de isolamento, que deveremos moldar o nosso amanhã e precaver-nos para uma recessão e crise social que já se sentem e para alguns são já tremendas”.
Concluem dizendo que vão continuar “nesta luta, como sempre esteve e estará em todas as lutas, com gente de confiança, com e pelas pessoas de Trás-os-Montes”, lado a lado com os que mais precisam, reafirmando o compromisso de lutar “ ao vosso lado umas vezes e por vós noutras vezes”, para que “não faltem os serviços a quem se veja impossibilitado de suportar o seu pagamento; para que não falte a alimentação na mesa de quem tenha fome; para que não falte o teto a quem não pode mais pagar a renda; para que não faltem os apoios ao agricultores, ou a qualquer trabalhador e digno cidadão desta região”.