Mais de 400 manifestantes de vários pontos do país juntaram-se em Lisboa este sábado. Fazem parte de movimentos locais que se opõem à concessão e exploração de lítio a céu aberto nas suas localidades.
Os vários movimentos independentes criados nas localidades onde estão previstas concessões de lítio decidiram unir-se e vir a Lisboa. Do Chiado ao Largo Camões, trouxeram as suas preocupações ambientais sobre a mineração intensiva de lítio. Vão em seguida criar uma plataforma para se juntar de forma a fazer ouvir melhor a sua voz.
Para já, neste sábado, na Baixa de Lisboa, a sua voz pode mesmo ser ouvida claramente. Gritavam “governo, escuta: sim à água, não ao lítio” e “não à Mina, sim à Vida” e traziam faixas e cartazes onde se podia ler “não à desertificação”, “não ao lítio”, “travar o ataque contra a biodiversidade”.
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Um dos responsáveis por um dos movimentos presentes, Vasco Morais, do movimento Amonde – Lítio Não, de Viana de Castelo, Vasco Morais, em declarações ao jornal O Minho, considera que a ação foi positiva e que “é necessário alertar a população para as intenções do Governo, e se as pessoas não fazem nada, o Governo faz o que quer e, pior, fazem tudo pela calada”. Em Amonde, onde já tinha existido uma mina de estanho, a população está mobilizada contra a reabertura de uma mina. E o movimento vai sensibilizando para o tema através de “várias palestras e contactos pelas redes sociais e estão a ficar sensibilizadas com o nosso protesto”.
Artigo publicado por Esquerda.net