Catarina Martins vai debater a questão do genocídio em Gaza na UBI

Palestra “As Sociedades em Conflito: Estrutura e desafios sociais em Gaza” acontece no próximo dia 13 de maio, pelas 15h, no Polo IV da UBI.
Bandeira da Palestina livre
Foto de erika8213 (EnvatoElements)

Catarina Martins, membro da mesa nacional e da comissão política do Bloco de Esquerda e cabeça de lista às Europeias 2024, vai participar numa palestra sobre Gaza, organizada pelo Núcleo de Estudantes de Sociologia da Universidade da Beira Interior.

Sobre a pertinência do tema a ser debatido, Tatiana Duarte, organizadora da palestra, considera que ser “necessário debater a questão do genocídio em Gaza na universidade pois é crucial para promover uma consciencialização juntos dos alunos não só de Sociologia mas de toda a Universidade.”

Na sua opinião, considera que a comunicação social tem contribuído para a “perpetuação de uma falsa narrativa onde tudo isto se trata de uma Guerra na qual a Palestina e o Hamas foram os culpados e que Israel apenas se está a defender, mas se procurarmos saber mais e melhor percebemos que não é isso o que está a acontecer a partir do momento em que campos de refugiados estão a ser dizimados assim como milhares de criança.”

Sublinha a importância de que haja uma maior participação por parte dos estudantes “em questões globais de direitos humanos e justiça social de forma a promover uma consciência coletiva e pensamento crítico.”

“As ocupações podem ser percebidas como oportunidades para educação e conscientização dentro do meio académico”

Há várias semanas que se alastram um pouco por todo o mundo os acampamentos estudantis de solidariedade com a Palestina, sobretudo em universidades. Muitas destas instituições de ensino têm recorrido às forças policiais, muitas vezes de forma violenta, para pôr fim aos acampamentos.

O Núcleo de Estudantes de Sociologia da UBI considera essas ocupações como legítimas, sendo uma forma de “expressar solidariedade e protestar contra o genocídio em Gaza e como uma manifestação do compromisso da comunidade académica com questões sociais e políticas urgentes.”

“Vemos as ações dos milhares de alunos que estão em protesto como uma forma de exercer pressão sobre governos e instituições internacionais para tomar medidas concretas em relação ao genocídio em Gaza e as inúmeras transgressões feitas por Israel.”

Tatiana lamenta a violência policial a que estes alunos têm sido tratados, “sendo que apenas estão a usar a sua voz para tentar acabar com um problema tão grave que é o genocídio e fazer pressão junto do governo americano que sabemos que tem interesses políticos mas também económicos ao financiar este conflito.”

Tatiana enfatiza que o objetivo desta palestra é também mostrar aos alunos que se devem envolver “nestas problemáticas e que todos merecem ter uma voz”.

A iniciativa realiza-se a 13 de maio, no auditório 7.21 do Polo IV da Universidade da Beira Interior.

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