Um biossensor para deteção rápida do SARS-CoV 2 está em fase adiantada na Universidade de Trás-os-Montes e Alto Douro (UTAD). O sensor está a ser criado a partir da tecnologia utilizada para a identificação do DNA das castas dos vinhos.
A tecnologia, divulgada pela UTAD, faz parte de uma patente internacional, desenvolvida no âmbito do WineBioCode e da Plataforma INNOVINE & WINE, recentemente registada pela UTAD. A equipa de investigadores prevê ser possível a utilização do teste em massa no próximo ano.
Originalmente, o projeto, financiado pela Fundação para a Ciência e Tecnologia e com a parceria de diversas instituições nacionais, foi concebido para a identificação e autenticação do vinho da Região do Douro.
Segundo a UTAD, Paula Martins Lopes, uma das investigadoras responsáveis pelo projeto, docente do Departamento de Genética e Biotecnologia, realça o facto de o trabalho de autenticidade dos vinhos, desenvolvido pela Universidade há vários anos, constituir conhecimento valioso que está agora a ser transposto para a pandemia de COVID-19.
O protótipo, prestes a ser concluído, garante resultados de deteção do SARS-CoV 2 em apenas 20 minutos desde o momento da recolha da amostra, não requerendo pessoal especializado para a realização dos testes.
