Os centros de recuperação de animais selvagens da Quercus recolheram, durante o confinamento, 437 animais feridos de 87 espécies diferentes. Os centros localizam-se em Castelo Branco, Montejunto e Santo André.
Em comunicado, a Quercus refere que recolheu nos seus centros de recuperação, durante a pandemia, mais de 400 animais de 87 espécies que estavam feridos. Os centros localizam-se em Castelo Branco, em Montejunto no distrito de Lisboa e em Santo André no distrito de Setúbal.
Entre as espécies, encontraram cegonhas, corujas, águias, abutres, ouriços, lontras e texugos, sendo que algumas destas estão em grande perigo de extinção como o abutre-preto, o milhafre-real, o açor, o falcão-peregrino e o falcão-abelheiro. A Quercus informa que estes animais foram recolhidos com a ajuda do Serviço de Proteção da Natureza e do Ambiente (SEPNA), dos vigilantes da natureza do ICNF e da população.
O Centro de Estudos e Recuperação de Animais Selvagens de Castelo Branco (CERAS), o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Montejunto (CRASM) e o Centro de Recuperação de Animais Selvagens de Santo André (CRASSA) integram a Rede Nacional de Centro de Recuperação de Fauna, gerida pelo ICNF. Nestes locais, os animais são recolhidos e/ou apreendidos para depois serem tratados e devolvidos ao seu habitat natural sempre que é possível.
A Quercus refere no documento que o trabalho realizado pelos centros na área da conservação da natureza “é muito relevante, na medida em que os espécimes recuperados são devolvidos ao seu habitat natural, contribuindo assim para a conservação de várias populações de espécies ameaçadas, quer a curto, quer a longo prazo”. Para além disto, “estes centros reúnem também um conjunto de informação casuística, que depois é canalizada através de relatórios periciais, ou comunicações a diferentes entidades (Ministério Público, agentes da autoridade, Municípios, ICNF, concessionárias de rede viária, empresas de distribuição de eletricidade, etc.), para que possam ser tomadas medidas legais, nos casos de crime, ou outras, de forma a minimizar ou eliminar os fatores de ameaça a estas espécies”.
Artigo publicado em esquerda.net