Cimeira Ibérica – Guarda: Os temas que continuam a ficar fora da agenda comum

Foto de PSOE | Facebook
No 10 de outubro realiza-se a 31ª Cimeira Ibérica, mas o Bloco relembra os temas que continuam a ficar de fora da agenda comum, como por exemplo o encerramento das Central Nuclear de Almaraz, as portagens da ex-SCUT e a passagem transfronteiriça de Cedilho.

Em comunicado, o Coordenador Distrital da Guarda do Bloco de Esquerda, Jorge Mendes, sublinha que “a 10 de outubro de 2020 realizar-se-á na Guarda a 31ª Cimeira Ibérica. A importância do Interior tem estado sempre presente no discurso político em anteriores Cimeiras. Mas, de facto, o que tem sido feito?” 

O dirigente do Bloco lembra algumas citações proferidas pelos governantes portugueses e espanhóis em anteriores cimeiras: “O Interior deve ser visto como um grande centro da Península Ibérica (29ª, Vila Real, 2017), mas que políticas públicas foram adotadas a favor desta nova centralidade? Poucas ou nenhumas”, “Definição de uma estratégia comum contra o despovoamento da zona da Raia (30ª, Valladolid, 2018), mas que estratégias foram delineadas para inverter esta situação? Poucas ou nenhumas.”

Jorge Mendes enumera alguns exemplos tal como “o pagamento das portagens na A23, A25 e A24, são um exemplo da completa ausência dessas medidas” numa estratégia de dar centralidade a região transfronteiriça relativamente à Península Ibérica ou “o prolongamento do funcionamento da Central Nuclear de Almaraz”. 

Por isso, “a Comissão Coordenadora Distrital de Guarda do Bloco espera que esta Cimeira seja o início de uma efetiva mudança com a apresentação clara de uma estratégia comum para o desenvolvimento transfronteiriço”. 

Por sua vez, a deputada do Bloco de Esquerda na Assembleia da República, Fabíola Cardoso, no 8º Fórum Parlamentar Luso-Espanhol referiu que “são muitos e variados os temas óbvios num evento sobre a cooperação entre dois Estados vizinhos, como Portugal e Espanha”. 

Fabíola Cardoso considera prioritários a revisão da Convenção de Albufeira para “assim garantir caudais diários verdadeiramente ecológicos”, o encerramento de Central Nuclear de Almaraz e o fim do controle privado das fronteiras “como em Cedilho em que a Iberdrola controla a passagem entre Portugal e o Estado espanhol”. 

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