Covilhã: Precariedade Laboral dos Sapadores Florestais e dos Vigilantes da Natureza

Comunidade da Beira Serra e os seus municípios, acusados de “ações encobertas que visam o propósito de extinguir” os postos de trabalho dos Sapadores Florestais. Carreira dos Vigilantes da Natureza congelada há 20 anos.

A candidatura do Bloco de Esquerda pelo círculo eleitoral de Castelo Branco reuniu-se, este sábado, com Alexandre Carvalho, sapador florestal e ativista sindical com o objetivo de conhecer de perto o trabalho destes profissionais que consideram “extremamente importante para a região”.

A passividade das autarquias é preocupação para o ativista sindical e para o Bloco, visto que não estão a garantir a manutenção destes profissionais, devendo abrir “concursos a tempo indeterminado e assim mantendo estes postos de trabalho fundamentais para toda a região”, como são exemplos os sapadores florestais das Comunidades Intermunicipais Médio Tejo e Beira Baixa, que têm os seus contratos a termo no fim.

Em nota enviada às redações, o Bloco acusa a Comunidade Intermunicipal Beiras e Serra da Estrela (CIMBSE) de deixar “terminar os contratos a termo certo no dia 15 de janeiro, não abrindo concurso para admissão a vínculos por tempo indeterminado e ainda agendado esquemas com o apoio de 15 municípios para que os trabalhadores passem a recibos verdes”.

Para estes, são “ações encobertas que visam o propósito de extinguir estes postos de trabalho responsabilizando assim os trabalhadores pela falta de coragem dos municípios afetos à CIMBSE”.

No resumo da reunião, encontramos ainda a preocupação com “a falta da carreira e estatuto profissional de sapador florestal, que regule todo o setor, seja no público ou privado e que acabe com a precariedade laboral”.

Neste setor especializado na realização de trabalhos de silvicultura preventiva durante o inverno e no apoio aos fogos rurais durante o verão, os trabalhadores “recebem 705 euros, sem subsídio de risco, sem suplementos e sem progressão”.

A criação desta carreira profissional, para o Bloco de Esquerda, “é urgente porque existem trabalhadores a ganhar diferentes salários, mas prestam os mesmos serviços nas mesmas funções” e acrescentam que “a falta de carreira também dificulta a gestão dos seguros em âmbito laboral, sobretudo no setor privado”.

Vigilantes da Natureza “na vanguarda na proteção de várias espécies selvagens como o lince ou o lobo”

Também os vigilantes da natureza foram alvo das preocupações do Bloco de Esquerda, dando a conhecer que estes “lutam pela revisão da sua carreira profissional que está congelada há mais de 20 anos” e dão exemplo dos profissionais da Serra da Estrela e da zona do Tejo Internacional, “essenciais para a salvaguarda nas nossas áreas protegidas e reservas naturais, estando na vanguarda na proteção de várias espécies selvagens como o lince ou o lobo”.

Em comunicado, o Bloco de Esquerda aponta a “apostar na revisão da carreira profissional dos Vigilantes da Natureza, reconhecendo a estes trabalhadores o seu trabalho na conservação da natureza”, concluindo que devem ser abertos concursos para “admissão de pelo menos 100 postos de trabalho”.

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