Demolição do Tinte Velho, na Covilhã, motiva carta aberta

Edifício do Tinte Velho

A Direção e o Conselho Científico da APAI – Associação Portuguesa de Arqueologia Industrial criticam esta demolição através de carta aberta à Ministra da Cultura. Em causa a demolição de um antigo edifício industrial característico da cidade, nas margens da ribeira da Degolda, pertencente ao Conjunto Industrial da Fonte do Lameiro.

Para esta Associação, “o Tinte Velho era um vestígio da tecnologia mais ancestral associado aos lanifícios, neste caso uma tinturaria datável de pelo menos o século XVIII” e, apesar de não ser “um edifício que se afirmasse no território pela sua arquitetura erudita, nem por uma volumetria impositiva”, é parte da identidade da cidade da Covilhã da “sua intrínseca e ancestral relação entre a serra e os equipamentos industriais e técnicos vocacionados para o trabalho dos lanifícios”.

“Daí, referir-se que falar da cidade da Covilhã é falar de uma cidade-fábrica” referem na carta aberta que critica os atropelos à legislação, sejam ativos ou por omissão de intervenção, no que trata a este edifício que esteve “em vias de classificação, integrado no Conjunto Industrial da Fonte do Lameiro, por despacho de abertura datado de 4.08.2000 (Edital da Câmara Municipal da Covilhã, de 20.03.2001).”

No documento, é relevado ainda o trabalho de da UBI – Universidade da Beira Interior na “reintegração e refuncionalização dos edifícios fabris na cidade”, exemplo que deveria ser seguido para o restante património arquitetónico, havendo o “levantamento de mais de 124 conjuntos ou edifícios industriais em toda a cidade.

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