Desastre ambiental no Rio Ponsul exige apuramento urgente de responsabilidades

No passado dia 26 de Setembro, uma comitiva do Bloco de Esquerda dirigiu-se à Ponte de Lentiscais,entre o concelho de Castelo Branco e Vila Velha do Ródão, para observar o estado do Rio Ponsul, afluente do Tejo, que está a sofrer um grave atentado ambiental e ecológico. Neste mesmo dia, teve lugar uma concentração popular com movimentos ambientalistas, empresários, pescadores e população local.

Segundo relatos de moradores e pescadores da zona, o volume do rio começou a descer consideravelmente em Maio, sendo que no início de setembro a redução do caudal tomou proporções drásticas. A situação atual é incomportável para a biodiversidade, as actividades piscatórias e de lazer, observando-se em alguns locais que o Rio Ponsul passou a ser apenas uma linha de água com menos de um metro de largura.

O Bloco de Esquerda está atento a esta situação e extremamente preocupado com o panorama que encontrou na visita. Em declarações alerta para o risco de existir uma elevada mortandade de peixes no rio, proibindo assim os pescadores de exercer a sua actividade profissional e de alguns empresários garantirem o investimento feito naquela região. A população local fala de uma descida de 15 metros de água.

Os caudais dos rios costumam descer consideravelmente na época do verão, mas nunca desta forma, tendo em conta que a barragem do Fratel e a barragem de Belver se encontram com a sua capacidade normal para esta época do ano. De momento não existe nenhuma obra em nenhuma barragem que obrigue a água a ser desviada, pelo que urge um apuramento urgente das causas do desastre ambiental a acontecer neste momento no Rio Ponsul.

(Escrito por MFS)

Vista panorâmica do desastre ambiental em curso no Rio Ponsul | Video de Arlindo Consolado Marques
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