Despedir enfermeiros? “O mínimo é garantir-lhes um vínculo permanente”

Hospital de Lamego
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Numa pergunta ao Governo, o Grupo Parlamentar do Bloco considera “incompreensível e injustificável” que se despeça enfermeiros, sobretudo “num momento em que todo o SNS se encontra extremamente pressionado”.

Um comunicado do Sindicato dos Enfermeiros Portugueses (SEP) revelava ontem, 26 de janeiro, que o Centro Hospitalar de Trás-os-Montes e Alto Douro (CHTMAD) estava a notificar alguns enfermeiros para a cessação dos seus contratos de trabalho. Estes enfermeiros foram contratados em regime de substituição, mas agora com o regresso dos profissionais que estavam ausentes por diversas razões, os contratos automaticamente terminam.

Numa pergunta do Grupo Parlamentar do Bloco de Esquerda dirigida ao Ministério da Saúde, o partido considera que “estes profissionais foram, e são, necessários nas unidades deste Centro Hospitalar, principalmente agora que a pandemia se agrava diariamente. São enfermeiros e enfermeiras que deram uma resposta permanente e por isso, o mínimo que se lhes deve garantir é um vínculo permanente”.

Para os bloquistas, “é incompreensível que, mesmo depois de terem ocupado o seu serviço de forma exemplar e reforçado o SNS, estejam agora a ser confrontados com este desfecho”.

“Para além da pandemia, importa ainda lembrar, que estes profissionais serão necessários na retoma da atividade normal do SNS. A garantia de um vínculo permanente é da maior importância, respeitando, desta forma, os profissionais e garantindo a capacidade de resposta do serviço público”, lê-se na pergunta assinada pelo deputado Moisés Ferreira.

O Bloco refere ainda que “num momento em todo o SNS se encontra extremamente pressionado e em que todos os profissionais de saúde são necessários, é incompreensível e injustificável que se dispense/despeça enfermeiros que muita falta fazem neste centro hospitalar e no SNS como um todo”.

Na pergunta dirigida ao Governo, o Grupo Parlamentar quer saber se a tutela reconhece “a necessidade em manter estes profissionais” e qual é a justificação da “demora da tutela em encontrar uma solução, mesmo depois de ter garantido que o faria em dezembro passado”.

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