O Dia Internacional dos Direitos Humanos (10 de dezembro) foi assinalado na Covilhã com uma iniciativa dinamizada por jovens, com o objetivo de alertar para a questão dos Direitos Humanos, dando voz a pessoas reais e aos seus testemunhos, que sob um nome fictício puderam chegar a muitas outras.
Em nota de imprensa, a CooLabora explica que “durante várias semanas, estes jovens recolheram os testemunhos de pessoas que foram discriminadas por serem pobres, ciganas, mulheres, jovens, idosas, estrangeiras, trabalhadoras, etc.”
No dia 10, espalharam pela cidade da Covilhã mais de mil cópias desses mesmos testemunhos, naquilo a que chamam Assalto às Consciências. “Caixas de correio, estendais de roupa, viaturas e todos os lugares de que estes jovens consideraram adequados, foram usados para deixar mensagens com depoimentos”, como por exemplo:
“Meses mandando CVs e nunca era chamado para entrevistas de emprego, até que resolvi retirar a minha foto e nacionalidade (moçambicano). Agora a situação melhorou. Já sou chamado para entrevistas, mas quando vou e se apercebem que sou negro, a entrevista dura pouco.”
“Mesmo vivendo em família, quantas vezes sou ignorada pelos filhos, pelos netos… Uma tristeza que passa quando alguém me olha ou fala comigo. É só isso que peço, falem comigo e lembrem-se que ser idoso não é sinónimo de desinteresse pela vida ou ser desinteressante. Obrigada por me ter ouvido.”
A atividade insere-se no projecto Coolaboratório, coordenado pela CooLabora e financiado pelo Programa Cidadãos Ativ@s.