Cristina Guedes: Não podemos continuar a insistir “neste finca-pé” das portagens nas ex-SCUTS

No debate sobre as portagens na A23 e A25, organizado pela Plataforma P´la Reposição das SCUTS, Cristina Guedes acredita que “a abolição das portagens é possível” e que não nos podemos esquecer do porquê de terem sido construídas, através de fundos europeus para a coesão territorial.

A Plataforma P´la Reposição das Scuts na A23 e A25 organizou, esta segunda-feira, um debate com os candidatos do Bloco, PS, PSD, CDU e CDS pelo círculo eleitoral de Castelo Branco. A moderação ficou a cargo do jornal Reconquista e da Rádio Cova da Beira. 

A candidata do Bloco, Cristina Guedes, começou por afirmar que “o Bloco de Esquerda foi sempre contra qualquer tipo de portagem e o que consta no nosso programa eleitoral é o retirar as portagens das ex-SCUTS”, lembrando que o Partido Socialista fez campanha em 2015 pela abolição das portagens, “não sei se se recordam”, questionou. 

“Nunca vamos conseguir trazer empresas e população se continuarmos a insistir neste finca-pé de portagens, não nos podemos esquecer do porquê foram construídas”, através de fundos europeus para a coesão territorial, referiu a bloquista. 

Para a candidata, “a abolição das portagens é possível, sabemos que houve determinados acordos de concessão que vão trazer custos para o Estado, no entanto, temos que pensar num todo e devemos enriquecer o nosso interior”, dando o exemplo do turismo, que foi um setor severamente afetado pela implementação das portagens. 

Cristina Guedes considera que “se queremos eliminar as portagens deveríamos estudar a rescisão destes contratos” porque “não podemos ter um Estado, que para além de ter uma infraestrutura concessionada, tem de pagar à empresa caso esta não tenha os lucros previstos inicialmente”. 

Relativamente à ferrovia, a candidata do Bloco disse que “sempre foi uma prioridade do Bloco, quer a nível ambiental, quer a nível económico”, mas deixou críticas aos horários fornecidos porque um trabalhador que vive na Covilhã e precise de ir trabalhar a Vila Velha de Ródão não consegue “arranjar horários adequados”.

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